quarta-feira, 22 de junho de 2011

Por quê as plantas são verdes?

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Por quê as plantas são verdes?

Palestrante: Dr. Marco Sacilotti
Departamento de Física - UFPE

Data: 22/06/2011 (Quarta-feira)
Horário: 13:00
Local: Auditório do CCB - UFPE



Mais informações: http://tinyurl.com/ecoevol




quarta-feira, 15 de junho de 2011

Efeitos das mudanças climáticas globais em discussão no Departamento de Física


"Mudanças climáticas globais: por que devemos nos preocupar?" é o tema da palestra que o professor Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Seped – MCT, profere na próxima sexta (17), às 16h, no auditório do Departamento de Física.

Resumo
O aquecimento global tem se acelerado nas últimas décadas, acompanhado de elevação significativa do nível do mar e intensificação dos eventos climáticos extremos, como secas, chuvas intensas, furacões etc., e esta questão é indubitavelmente o maior desafio ambiental global enfrentado pela humanidade. Ainda que haja, no Brasil, uma crônica escassez de séries históricas de dados meteorológicos e climáticos, o que nos permitiria afirmar se os extremos já estão ocorrendo com maior frequência, há várias evidências circunstanciais de que este provavelmente é o caso. Devemos recordar, para começar, que mudanças das características de extremos climáticos deflagradores de desastres naturais não se devem somente ao aquecimento global de origem antropogênica. Episódios de chuvas mais intensas vêm ocorrendo sistematicamente no Sudeste e Sul do Brasil, sendo um dos elementos a compor o aumento dos desastres naturais observados. Uma pergunta relevante diz respeito a formas de adaptação a estes desastres naturais ou mesmo se a sociedade esta consciente sobre a necessidade de adaptação. As mudanças climáticas também se fazem sentir no Brasil, onde a temperatura média subiu cerca de 0,75° C e a temperatura mínima subiu quase 1° C nos últimos 50 anos e o nível do mar se elevou quase 20 cm durante o Século XX. O Brasil é potencialmente muito vulnerável a mudanças climáticas, mas pouco conhecemos os impactos das mudanças climáticas no país. Além disso, falta identificar de forma precisa nossas vulnerabilidades na agricultura, nas zonas costeiras, na saúde humana, nos recursos hídricos, nas energias renováveis, nos ecossistemas naturais e biodiversidade, nas grandes cidades e na indústria. No campo da mitigação dos gases de efeito estufa, a grande contribuição que o Brasil pode dar ao esforço mundial de estabilizar suas concentrações atmosféricas em níveis considerados menos "perigosos", deve obrigatoriamente se dar pela redução significativa das emissões provenientes dos desmatamentos da floresta tropical e dos cerrado. O país pode escolher uma trajetória de desenvolvimento limpo e tornar-se uma verdadeira "potência ambiental", isto é, um país de economia de base de recursos naturais, mas apresentando um padrão de emissões muito baixo.

Mais informações
Departamento de Física
(81) 2126.7640
posgrad@df.ufpe.br

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Palestra sobre eliminação de toxidade residual de efluentes é hoje (13) no CTG


A palestra “Alternativas para eliminar a toxicidade residual de efluentes tratados por processos físico-químicos e biológicos convencionais”, com o norte-americano Michael A. Gonzalez, acontece hoje (13), às 15h, no auditório de Engenharia Cartográfica, no 2º andar do prédio escolar do Centro de Tecnologia e Geociências (CTG). O evento faz parte das comemorações dos 25 anos do Laboratório de Saneamento Ambiental.

Michael A. Gonzalez é chefe do Departamento de Análises de Sistemas da Agência Federal de Proteção do Meio Ambiente dos Estados Unidos. Seus trabalhos de pesquisa se concentram no desenvolvimento de processos químicos sustentáveis. A palestra será em inglês, com tradução simultânea. A palestra é uma parceria da Universidade Federal de Pernambuco com o Consulado dos Estados Unidos.

Mais informações
Laboratório de Saneamento Ambiental
(81) 2126.8906 / 8229 / 8742
lsaufpe.25anos@gmail.com

Chuvas no Nordeste são tema de palestra na Livraria Cultura


As fortes chuvas deste ano na Zona da Mata nordestina, especialmente entre os estados de Alagoas e Paraíba, que trouxeram graves prejuízos econômicos e sociais, são o tema do Ciclo Gaia de Palestra de amanhã (14), às 19h, na Livraria Cultura (Rua Madre de Deus, s/n, Bairro do Recife). O professor de Ciências Ambientais da UFPE Lucivânio Jatobá fala sobre “Eventos climáticos na parte oriental do Nordeste brasileiro e a análise geográfica” abordando a dinâmica e a participação da circulação atmosférica na gênese desses eventos pluviométricos mencionados. A entrada é gratuita e não é necessário fazer inscrição.

O Ciclo Gaia de Palestras é um espaço em que qualquer pessoa pode discutir temas recentes das várias ciências – principalmente as questões relacionadas ao meio ambiente e seus impactos socioambientais. Ele oferece uma oportunidade para que cientistas, pesquisadores, ambientalistas e o público em geral se encontrem para discutir questões científicas e de interesse da comunidade em geral. A atividade é promovida pelo Departamento de Zoologia do Centro de Ciências Biológicas (UFPE), pela Fundação Gaia – Legado Lutzenberger e pela Livraria Cultura.

Mais informações
Ciclo Gaia de Palestra
www.ciclogaia.org
ciclogaia@gmail.com


quinta-feira, 9 de junho de 2011

IV Simpósios Internacionais de Climatologia


Os eventos climáticos extremos atraem hoje a atenção de toda a sociedade por atingirem maior número de pessoas, terem sua divulgação de forma global e terem registros mais precisos pelas estações meteorológicas instaladas na Terra toda. Há, portanto, um interesse muito grande na meteorologia, especialmente por causa das previsões de alterações significativas no clima. O Quarto relatório (AR4; Fourth Assessment Report) do Painel Intergovermental de Mudanças Climáticas (IPCC; Intergovernmental Panel on Climate Change) mostra que o aquecimento do sistema climático é inequívoco. No entanto, a principal conclusão deste relatório é que maior parte do incremento da temperatura observada globalmente na segunda metade do século XX está muito provavelmente associado ao aumento dos gases do efeito estufa na atmosfera. Brown et al. (2008) também indica que a temperatura máxima e mínima ficou mais quente em maior parte da Terra a partir de 1950 e que a área total do globo exibe uma tendência positiva que não pode ser atribuída unicamente a uma variabilidade natural. As médias climatológicas globais dos últimos dez anos também mostram uma tendência de aquecimento do planeta. Nesse período não se observou a ocorrência de eventos El-Niños intensos. Segundo a Organização Meteorológica Mundial o ano de 2010 foi considerado como um dos mais quentes, junto com 2005 e 1998, e o mais chuvoso em termos globais, já registrado.

Os Simpósios Internacionais de Climatologia promovidos pela SBMET têm como finalidade reunir a comunidade científica e profissional do Brasil e do exterior para apresentar e discutir temas associados à climatologia e áreas correlatas. Estes eventos começaram a ser realizados em 2005 e tem periodicidade bianual. O primeiro SIC foi realizado entre 23 e 27 de outubro de 2005 em Fortaleza com tema “A Hidroclimatologia e os Impactos Ambientais em Regiões Semi-Áridas”. Nesse Simpósio foram discutidos aspectos relacionados aos recursos hídricos e a degradação ambiental em diversas regiões semi-áridas do planeta, incluindo o semi-árido do Nordeste brasileiro. O segundo SIC foi realizado entre 04 e 08 de novembro de 2007 em São Paulo, com o tema “Detecção e Atribuição de Causas para as Mudanças Climáticas na América do Sul”. O terceiro SIC foi realizado entre 18 a 21 em Canela/RS, com o tema “Mudanças de Clima e Extremos: Avaliação de riscos futuros, planejamento e desenvolvimento sustentável”. Nesse Simpósio foram abordadas a metodologia estatística para a detecção das mudanças climáticas, análise da variabilidade natural de baixa freqüência e estimativas de suas incertezas. Os três primeiros SICs tiveram aproximadamente 300 participantes inscritos. Neste IV SIC pretende-se fazer ampla divulgação junto a vários setores da sociedade e comunidade acadêmica visando aumentar esse número de participantes e a consolidação desse evento.

LINK: http://www.sic2011.com/sic/Default.aspx

Ciclo Gaia de Palestras

O Ciclo Gaia de Palestras é uma atividade promovida pelo Departamento de Zoologia, do Centro de Ciências Biológicas (UFPE), pela Fundação Gaia – Legado Lutzenberger e pela Livraria Cultura – Recife, Pernambuco.



Dia: 14 de junho de 2011 – 19:00 horas


Tema: Eventos climáticos na parte oriental do Nordeste brasileiro e a análise geográfica.

Palestrante: Lucivãnio Jatobá – (Curso de Ciências Ambientais da /UFPE)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dilma diz que não vai negociar desmatamento no Código Florestal

ANA FLOR
DE BRASÍLIA

Atualizado às 18h21.

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira que não pretende dar permissão para ações de desmatamentos no Código Florestal que tramita no Senado. Em evento no Palácio do Planalto, Dilma disse que não permitirá "uma volta atrás".

"Nós não negociamos nem tergiversamos sobre a questão do desmatamento [...]. Não permitiremos que haja uma volta atrás na roda da história", disse durante o lançamento da Comissão e do Comitê Nacional de Organização da conferência Rio+20.

A plateia, composta em sua maioria de ambientalistas, diplomatas e representantes de órgãos internacionais, aplaudiu Dilma de pé após o seu recado aos ruralistas.

Em almoço com senadores do PMDB, na semana passada, ela já havia sinalizado que poderá vetar o artigo que concede anistia a desmatadores, aprovado pela Câmara. No encontro, ela pediu o apoio dos senadores para a discussão de um texto que una ambientalistas e ruralistas.

O governo quer alterar no Senado 11 pontos da reforma do Código Florestal, aprovada no mês passado pela Câmara.

Fazem parte da lista a anistia irrestrita aos desmatadores, o ressarcimento dos serviços agrícolas, a participação dos Estados na regularização ambiental. O Palácio do Planalto também quer ampliar os benefícios para a agricultura familiar.

RIO+20

A Rio+20 vai ocorrer no próximo ano, exatos 20 anos depois da Eco 92, conferência realizada no Rio de Janeiro e que é considerada um marco no debate sobre desenvolvimento sustentável.

"O fato de termos a maior reserva ambiental e termos um patrimônio de biodiversidades nos impõe responsabilidades e muita clareza e determinação quando se trata de nossos compromissos assumidos ao longo de nossa história", disse Dilma.

Em seu discurso, a ministra Izabella Teixeira (Meio Ambiente) fez questão de ressaltar que a Rio+20 é, antes de tudo, "uma conferência sobre desenvolvimento".

Ao lado do ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores), Izabella irá presidir a comissão nacional que coordena o envolvimento dos governos federal, estaduais e municipais, além de entidades civis, na conferência. Já o comitê nacional vai organizar e planejar a realização do evento.

Ao final do evento, Izabella falou sobre as negociações para o texto do Código Florestal. Segundo ela, o governo está construindo "diálogo político". A responsabilidade do Brasil "é do tamanho de sua magnitude ambiental, disse ela.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Recife perdeu quase 400 mil m² de área verde em vinte anos

A perda da cobertura vegetal de 1986 a 2007 na cidade do Recife somou 397,2 mil metros quadrados. Essa conclusão alarmante consta da dissertação “Áreas verdes e clima urbano: A função socioambiental dos Imóveis de Proteção de Áreas Verdes na cidade do Recife”, realizada pela mestre em Desenvolvimento Urbano Karina Barros. No seu trabalho, a pesquisadora investiga a importância da conservação dos Imóveis de Preservação de Áreas Verdes (IPAVs), além de traçar um raio-x da situação dessas áreas no Recife. Sob a orientação da professora Fátima Furtado, a pesquisa foi realizada no Laboratório de Estudos Periurbanos do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Urbano (MDU), do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE.

Segundo analisa Karina, a falta de áreas porosas contribuem para os chamados eventos climáticos extremos, que são as fortes chuvas e tempestades que causam enchentes e alagamentos criando, assim, um transtorno não apenas no clima, mas também no cotidiano da cidade. A preservação e a conservação das áreas verdes podem contribuir para uma cidade com melhor qualidade de vida, assim como uma preparação para enfrentar esses eventos e conviver com mais segurança em relação a suas consequências, alerta.

Inspirados em projeto semelhante já existente em Curitiba (PR), os IPAVs são uma iniciativa pioneira de proteção às áreas verdes instituída pelo poder público municipal em 1996, por meio da Lei do Uso e Ocupação do Solo da Cidade do Recife. Reforçada em 2008 com o plano diretor, no qual foram considerados como Unidades de Equilíbrio Ambiental (UEA), foi criada a obrigatoriedade de preservar, no mínimo, 70% de toda a área verde existente. A primeira parte da pesquisa foi observar, através de gráficos com evolução de bases cartográficas, quais eram os IPAVs que estavam conservados, respeitando a lei e o plano. Foram, no total, 63 imóveis analisados, desde a criação dos primeiros até 2009 e 70% deles estavam em conformidade com a legislação, explica a arquiteta. Foram criados 56 IPAVs em 1996, quatro em 2004, dois em 2006 e um em 2009.

Na segunda parte do estudo, foram escolhidos os dez IPAVs mais bem conservados e os dez em pior situação, elaborando assim 20 quadrículas de 500 x 500 m² ao redor das áreas no período de 2002 e 2007. Nessa fase, foi observada a relação das áreas verdes com o seu entorno, com o objetivo de identificar os efeitos da perda da cobertura vegetal e a importância dessa área. Karina classificou os solos em impermeáveis (área cimentada e de coberta) e permeáveis (área verde e solo natural) com o objetivo de investigar a drenagem da cidade. Assim, foi constatado que, em cerca de 90% dos casos, a perda da cobertura vegetal diminui as áreas permeáveis, essenciais para a formação de aquíferos, influenciando o ciclo da água e a limpeza do ar.

Entretanto, mesmo com a clara importância desses imóveis, eles são poucos conhecidos pela população ou mesmo por técnicos de ambientes, da própria prefeitura e outros órgãos municipais. Para a pesquisadora,os IPAVs necessitam de mais atenção do poder público. “Os IPAVs nunca foram regulamentados, já que a lei só cita a criação deles, e não possuem monitoramento, que só ocorre casualmente, quando há denúncia. Portanto, é necessária uma gestão mais firme”, alerta a arquiteta.

Após a publicação da dissertação, em 28 de fevereiro de 2010, foram criados, em dois meses, mais 36 IPAVs na cidade, ação que não acontecia desde 2009. Além disso, o trabalho de Karina Barros foi destaque no 6º Seminário Internacional sobre Conservação Urbana, realizado em março deste ano pelo Centro de Estudos Avançados da Conservação Integrada. A conferência, que contou com especialistas de mais de dez países, objetivou discutir a preservação dos patrimônios históricos, seus métodos e tecnologias. “Quando as pessoas falam de patrimônio histórico, pensam muito em bens, áreas construídas, mas a natureza também é patrimônio. Uma prova disso são as árvores tombadas, que funcionam como memórias”, defende Karina Barros